Brasil registra crescimento preocupante de casos envolvendo bebidas energéticas
Nos últimos meses, especialistas em saúde têm soado o alarme: o consumo excessivo de bebidas energéticas está relacionado a um aumento no número de mortes no Brasil. De acordo com dados recentes divulgados por órgãos de saúde e centros de toxicologia, crescem os relatos de complicações graves, incluindo arritmias, infartos e até óbitos, especialmente entre jovens e praticantes de atividades físicas.
☠️ O que está por trás do aumento de mortes?
As bebidas energéticas — amplamente comercializadas como produtos que aumentam a disposição e melhoram o rendimento físico ou mental — possuem altos teores de cafeína, taurina, guaraná, açúcar e outros estimulantes que, em grandes quantidades, sobrecarregam o sistema cardiovascular e neurológico.
“O problema não é apenas o energético em si, mas a combinação perigosa com álcool, uso durante treinos intensos ou o consumo frequente em grandes quantidades. O corpo não aguenta”, alerta o cardiologista Dr. Marcelo Costa.
📈 Números preocupantes
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Segundo levantamento de 2024 do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), os casos de intoxicação por bebidas energéticas aumentaram em 38% em comparação com 2022.
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A faixa etária mais afetada é entre 18 e 35 anos, com registros de óbitos por infarto agudo do miocárdio e parada cardiorrespiratória.
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Há indícios de subnotificação em muitos estados, segundo especialistas.
💥 Energia em excesso vira perigo
Enquanto a publicidade continua promovendo energéticos como aliados do foco e da produtividade, estudos mostram o contrário: o uso abusivo está ligado à ansiedade, insônia, hipertensão, tremores e até convulsões.
Além disso, muitos consumidores misturam energéticos com pré-treinos, termogênicos e suplementos estimulantes, elevando ainda mais o risco de colapso cardíaco.
🧠 Jovens e atletas: o grupo mais vulnerável
Profissionais de educação física e médicos do esporte relatam que muitos alunos tomam energéticos antes do treino para “dar gás”, sem qualquer orientação ou avaliação médica.
“Há uma crença de que o energético substitui o descanso ou compensa a má alimentação, e isso é extremamente perigoso”, afirma a nutricionista esportiva Laura Mendes.
⚠️ O que dizem os especialistas?
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) já recomendou restrições na venda de energéticos para menores de idade.
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Cardiologistas e endocrinologistas defendem avisos mais claros nos rótulos e campanhas educativas.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda possíveis atualizações nos critérios de comercialização e rotulagem.
✅ Como se proteger
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Evite o consumo de bebidas energéticas, especialmente se você já sofre de pressão alta, ansiedade ou doenças cardíacas.
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Nunca misture com álcool ou medicamentos.
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Se sentir sintomas como palpitações, dores no peito ou tontura após o consumo, procure ajuda médica imediatamente.
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Prefira alternativas naturais como café puro, chá verde ou sucos energéticos com frutas e gengibre.
📢 Fica o alerta:
Energia artificial pode custar sua vida.
Consulte sempre um médico ou nutricionista antes de usar qualquer substância estimulante, especialmente se você treina ou tem um estilo de vida agitado.